
Por ser uma espécie madeireira de grande valor comercial e sua semente (pinhão) constitui um alimento muito nutritivo e energético apreciado pela fauna e na culinária brasileira. Além da intensa exploração madeireira e de suas sementes, a araucária sofre pela redução de seu habitat devido ao avanço da fronteira agrícola e a construção de hidrelétricas, fatores que a colocam na categoria "Em Perigo" de extinção, de acordo com o Livro Vermelho da Flora do Brasil: http://cncflora.jbrj.gov.br/LivroVermelho.pdf
Hoje (24 de junho) é o “Dia da Araucária”. Originalmente a árvore símbolo do Paraná ocupava 40% do território do estado, ou seja, 73.780 km². Agora restam apenas 2% desse total. A araucária é nativa da Mata Atlântica brasileira e está ameaçada de extinção.
O último diagnóstico oficial do Paraná, elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente foi publicado em 2004, mostra a situação das florestas em estágio inicial de conservação totalizam 14,04% da área do bioma no Estado. As florestas com araucárias em estágio médio de sucessão, que passaram por uma degradação intensa, mas ainda guardam um pouco da diversidade florística e de formas de vida, representam 14,47% da área do bioma no Estado. Já as florestas em estágio avançado de sucessão, que representam as florestas de maior diversidade, correspondem a apenas 0,8% da área total de florestas com Araucárias no Paraná.
E o que está sendo feito para reverter essa situação? Muito, muito pouco. Em 2005, o governo federal criou seis áreas de proteção à Floresta com Araucária nos estados do Paraná e Santa Catarina. Até hoje, não houve desapropriações, já que o governo não indenizou as famílias que deveriam deixar essas terras. “O governo é omisso!”, critica o ambientalista Mauricio Savi.

Zig mostra através de suas poderosas 175 fotografias publicadas no livro a força da araucária, Maria Celeste traça um texto conclusivo sobre a tragédia que se abate sobre esse importante ecossistema do sul do país. “Infelizmente, não é só a floresta que está morrendo. Quando um papagaio voa quilômetros e mais quilômetros para encontrar o alimento que deveria estar na floresta, e não o encontra, ele acaba morrendo porque não tem mais forças para fazer o caminho de volta”, conta a jornalista
Enquanto a ineficácia das políticas públicas só aumenta a dor da floresta, algumas iniciativas isoladas de organizações não-governamentais tentam minimizar o problema. Um desses exemplos é o do Programa Florar, criado pelo Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort (IAF), que conta com o apoio ONG The Nature Conservancy (TNC)*. Fazem parte do programa 170 produtores rurais do município paranaense de Turvo, que decidiram investir na exploração sustentável de produtos não madeiráveis.
Comentários
Postar um comentário